Psicanálise

Foi o trabalho com os seus pacientes que levou Freud a concluir que muitos dos sintomas neuróticos estavam relacionados com a sexualidade, objecto de múltiplas repressões. A sua origem estaria ligada a experiências traumáticas ocorridas na infância. Freud atribuía à Sexualidade um papel essencial na vida psíquica humana.

Concluiu que existe uma Sexualidade infantil: a sexualidade não se iniciaria com o funcionamento das glândulas sexuais na puberdade, mas exprimir-se-ia desde o nascimento. A sexualidade não se limitava ao acto sexual, era toda a actividade pulsional – a libido – que tende a uma satisfação.

Freud notou que na maioria dos pacientes que teve desde o início de sua prática clínica, os distúrbios e queixas de natureza hipocondríaca ou histérica estavam relacionados a sentimentos reprimidos com origem em experiências sexuais perturbadoras. Assim ele formulou a hipótese de que a ansiedade que se manifestava através dos sintomas (neurose) era consequência da energia (libido) ligada à sexualidade; a energia reprimida tinha expressão nos vários sintomas neuróticos que serviam como um mecanismo de defesa psicológica. Essa força, o instinto sexual, não se apresentava consciente devido à "repressão" tornada também inconsciente. A revelação da "repressão" inconsciente era obtida pelo método da livre associação (inspirado nos actos falhados ou sintomáticos, em substituição à hipnose) e pela interpretação dos sonhos (conteúdo manifesto e conteúdo latente). O processo sintomático e terapêutico compreendia: experiência emocional - recalque e esquecimento - neurose - análise pela livre associação - recordação - transferência - descarga emocional - cura.

Formação de um psicanalista

    O psicanalista passa por um processo de formação básico bastante específico, que dura vários anos e que, na verdade, continua ao longo do seu trabalho.
    Para isso participa de um grupo ou sociedade de psicanálise com o objetivo de formação através do estudo sistemático da obra de Freud e de outros autores; do atendimento de pacientes sob a supervisão de outro psicanalista; e teve que submeter-se, ele mesmo, a pelo menos uma análise pessoal.



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