A família e o desenvolvimento do adulto

    A família deve proporcionar autonomia para o jovem favorecer os seus papéis adultos (socialização/individuação) para um desenvolvimento sadio, com autonomia, independência e condições para tomar suas próprias decisões.

    Há a necessidade de continência familiar: uma moderação nas suas ansiedades, expectativas, críticas... A flexibilidade é a chave do sucesso: não ser radical e autoritário. A adolescência exige mudanças estruturais e renegociações de papéis, envolvendo,às vezes, duas gerações. Os pais, ao satisfazerem as necessidades de maior apoio e autonomia, podem entrar em contato com necessidades semelhantes neles mesmos. A tensão pode vir de ambos os lados: pais e filhos. Os pais devem aprender a ter um relacionamento adulto com os filhos crescidos. Para eles pais, é muito difícil deixar de tratar os filhos como crianças. Deixar de tratá-lo como o “filhinho da mamã”.

    Na maioria das famílias, com filhos  adolescentes, os pais estão com seu foco de atenção em outros pontos (muitas vezes reavaliando casamento e a carreira) e deixam de prestar atenção às necessidades de seus filhos adolescentes. O filho que  reivindica independência pode vir a criticar os pais que a concedem com facilidade. O pendor para a independência é natural, mas a perspectiva de uma independência completa é assustadora. Ele precisa de limites dos pais e ele quer ter esses limites para se sentir parte de um grupo, sentir-se amado e protegido.

”Não devemos nos limitar a dar educação às nossas crianças, devemos ensiná-los a ser pessoas.” (Herbert Spencer)

    O questionário dos valores paternos sem qualquer diálogo leva os adolescentes a criticar as falhas dos pais. Nas famílias em que as decisões e a auto-regulação são limitadas, os adolescentes tendem a ficar mais dependentes e menos seguros, cooperando-se, assim para o desenvolvimento de um adulto inseguro e dependente de outras pessoas. A adolescência também constitui uma fase de perda para a família: perde-se a criança para dar lugar ao adulto jovem. É preciso saber dizer-se “sim” quando possível e “não” quando for preciso, ou seja tem que haver uma flexibilidade. O mais importante de tudo é não afastar-se emocionalmente do filho.      “Pais podem falar o quanto quiserem, mas só irão ensinar quando praticarem o que pregam”. (Arnold Glasow).



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